domingo, 19 de junho de 2011

Governo quer finalizar tudo até o fim de 2012

Finalizando a série de reportagem “Especial Chuvas, 1 ano depois”, a Folha de Pernambuco destaca, neste domingo, as ações de reconstrução nos municípios atingidos, e o que está sendo feito para evitar que mais tragédias como essa se repitam. Algumas obras ainda vão demorar até que a população possa usufruir delas, mas o Governo do Estado garante que tudo vai ser entregue em tempo hábil, trazendo, finalmente, a tranquilidade que todos esperam. O crescimento econômico e melhoria da qualidade de vida de toda uma região estão dependo dessas intervenções.
A as chuvas que castigaram a Mata Sul do ano passado expuseram para todo o País a falta de infraestrutura e prevenção a desastres da qual o Estado sofre. A enxurrada veio tão rápido e de forma tão inesperada que poucos conseguiram escapar ou salvar algum de seus bens pessoais. Centenas de pessoas que moravam à beira do rio Una, e até mesmo os moradores da parte central dos municípios, nunca imaginaram que em determinado momento de suas vidas perderiam tudo o que tem por duas vezes. O fato de a região ter um histórico de enchentes não foi suficiente para que as pessoas se preparassem por conta da violência da última cheia, que foi registrada como a maior de todos os tempos.

O Governo do Estado montou uma equipe de atuação para dois momentos: emergência e reconstrução. Em 19 de junho, um dia após o ocorrido, grupos de resgate e salvamento foram enviados até os municípios, e poucos dias depois, o governador Eduardo Campos convocou 15 secretarias estaduais para funcionar dentro do Palácio do Campo das Princesas com o pensamento voltado para a região. Menos de dez dias depois todos os acessos às sedes dos municípios estavam restabelecidos, e foi iniciado o processo de desapropriação de terrenos para a construção de casas para as vítimas.

O secretário de Planejamento e Gestão (Seplag), Alexandre Rebêlo, contou que só nas ações emergenciais foram gastos um total de R$ 93 milhões, e que as obras para reconstruir as cidades são demoradas, mas muito já foi entregue até agora. “São grandes intervenções, que dependem de uma série de estudos e muito planejamento. Algumas obras demoram naturalmente, mas garantimos que não vamos deixar a população sem elas”, afirmou o secretário. O governo tem uma plano de ação com cinco intervenções principais: infraestrutura, pavimentação, acesso, moradia e a construção de barragens.

Nesse processo, a média de tempo para a realização é de seis meses para concluí-la o projeto, dois meses para licitar e até um ano para finalizar a obra. Em relação às 600 escolas atingidas, 289 já estão em reforma. O hospital público de Palmares deverá ser entregue em outubro deste ano, e mais quatro localizados nas cidades de Barreiros, Água Preta, Cortês e Jaqueira, já estão no processo de licitação. As intervenções nas pontes da região devem começar em agosto, com a conclusão prevista para o segundo semestre de 2012. Ainda segundo Alexandre, das 12 mil casas prometidas, dez mil já estão em andamento, sendo que 139 delas já foram entregues na sexta-feira.

O orçamento previsto para a reconstrução dos municípios é de R$ 1,2 bilhão, entre recursos estaduais e federais. O plano contempla, ainda, a construção de três parques urbanos que serão localizados nas áreas ribeirinhas que antes eram habitadas. “São milhões de reais que estão sendo investidos nas mais diversas áreas. Nosso objetivo é deixar as cidades melhores do que eram antes da enxurrada. Sabemos das necessidades das pessoas, e isso nos deixa angustiados. Por isso estamos fazendo tudo o mais rápido possível”, completou Alexandre.
Fonte: Folha PE

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