quarta-feira, 29 de abril de 2009

CANTINHO LITERÁRIO

“LITERATURA E VIDA NÃO PODEM ESTAR SEPARADAS”
A Literatura Infantil, como produto histórico humano, resulta das relações subjetivas e objetivas que o homem estabelece com o seu meio social, cultural, intelectual, lingüístico, político e econômico. Com as concepções que o artista compartilha acerca do mundo / homem / sociedade, com os ideais e valores que se consideram úteis e desejáveis para transmitir às crianças e aos jovens. Por isso, a produção literária infantil é resultante, também, dos aspectos filosóficos políticos - educacionais e da qualidade da educação ofertada numa dada época e contexto sócio-histórico. Para tal feito, o trabalho contempla as frentes de leitura: origem e evolução histórica da Literatura Infantil a partir dos estudos oferecidos pela sociedade, principalmente pelo punho do Governo. Os valores ideológicos na literatura infantil a partir da parceria com a pedagogia, considerando as mudanças de paradigmas provocadas pelas conquistas da ciência, dentre eles o discurso médico-higienista sob a educação e, conseqüentemente, sob a produção literária infantil. A Literatura é uma forma de arte, assim como a música, a pintura e a dança. O que a diferencia das demais manifestações artísticas é que a Literatura nos permite, pela interação com seus textos, tomar contato com um vasto conjunto de experiências acumuladas pelo ser humano ao longo de sua trajetória, sem que seja preciso vivê-la.Toda forma de arte apresenta um determinado conhecimento, mas essa apresentação é feita de modo particularizado, pois o artista transpõe para um quadro, uma música, ou um livro, sua visão pessoal sobre determinada experiência ou acontecimento.O mundo gira incessantemente. E neste movimento mágico e intrigante, ações e posturas, rebeldias e controvérsias acabam por se repetir, numa intrínseca relação de semelhança e cumplicidade. Não precisamos navegar ao desconhecido, nem passear por séculos distantes, basta irmos as décadas de 30 e 40 do século XX. País de longa tradição literária, a Alemanha tem uma literatura expressiva, desde a Idade Média, passando pelos irmãos Grimm, Goethe e Schiller, até Thomas Mann e Günter Grass, dois dos oito prêmios Nobel de Literatura. Com cerca de 2 mil editoras e mais de 4 mil livrarias, a Alemanha tem um dos maiores mercados editoriais do mundo. O número de novos lançamentos cresce a cada ano, tendo atingido cerca de 96 mil títulos em 2007. A maior fatia é de literatura e ficção, com destaque para os livros de bolso. Mas grande também é o volume de livros infanto-juvenis e de não-ficção.A Feira Internacional do Livro, em Frankfurt, a maior do mundo, é o grande acontecimento anual em torno da literatura. O Prêmio Literário Georg Büchner é considerado o mais importante do país. Já o Prêmio da Paz do Comércio Livreiro Alemão é concedido não apenas a escritores alemães.
O NAZISMO E LITERATURA NO EXÍLIO
A ascensão dos nacional-socialistas ao poder, em 1933, representou uma profunda cisão na vida literária e cultural da Alemanha, com censura e vigilância de todo tipo de manifestação artística. Dos que não se curvaram à nova ideologia, alguns preferiram a chamada emigração interior e suspenderam suas atividades literárias. Outros deram as costas à Alemanha nazista, ou foram forçados a deixar o país por sua origem judaica ou suas convicções políticas, como os irmãos Mann, Alfred Döblin e Franz Werfel. Na França, Suíça e posteriormente nos EUA, surgiu uma literatura no exílio. No combate ao regime de Hitler, ela chegou a recorrer até à propaganda, como documentam os discursos de Thomas Mann transmitidos pela BBC. Vários escritores suicidaram-se no exílio Ernst Toller, Walther Hasenclever, Walter Benjamin e Stefan Zweig (em Petrópolis), enquanto outros foram assassinados pelos nazistas: Erich Mühsam, Carl von Ossietzky, Theodor Lessing e Gertrud Kolmar. E hoje, o que representa a Literatura na sociedade atual? Qual grande movimento surgiu depois da Geração dos anos 60 do século XX? Talvez estejamos numa época onde dormimos e comemos sem saber o porque de estarmos vivos. Toda época tem a sua particularidade, seus movimentos, ideais e costumes do que ouvir, vestir e pensar, não criamos ainda um mecanismo de como ler, o que ler e quando ler, apenas alguns “poucos” lutam pelos sonhos de uns “muitos”. O Genocídio Judaico não aconteceu no Brasil, mas vivemos numa bruta Ditadura Militar com o Golpe de 1964, e anos mais tarde conseguimos a tão sonhada Democracia, pra que? Talvez estejamos vivendo Um extermínio de livros conjuntamente com a morte dos leitores, e passando para uma época de internautas precoces, incoerentes, desinformados e “imbecis culturalmente”. Salvem a Literatura, você também é responsável por este patrimônio mundial.
ROTINA DE UM ABANDONADO
Seus olhos me embriagam
Sua boca me enlouquece
Seu corpo me encanta
E seu sorriso me adormece
Com uma dose de desejo
Ou uma apócrifa prece
Será que uma noite de amor
Este Escritor merece?
Se sim, voarei no espaço
Junto da emoção que cresce
Se não, chorarei na chuva
Junto do meu coração que padece
Arrastando-me para a sarjeta
Comendo o lixo que apodrece
Amanhecendo embriagado na rua
Como alcoólatra que se esquece
Do endereço e do próprio nome
Sob o calor do sol que aquece
O frio subúrbio do sofrimento
De um amor que não acontece
Preso na masmorra do abandono
Se amo de dia, logo anoitece
Refugiado nas sombras da hipocrisia
Se amo de noite, logo amanhece
Com o poder que tem o amor
O meu coração logo floresce.
Autor: Antonio dos Anjos

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