sábado, 10 de julho de 2010

CANTINHO LITERÁRIO


A LITERATURA ESTAR DE LUTO
ESCRITOR WILSON BUENO É ENCONTRADO MORTO NO PARANÁ
O escritor paranaense Wilson Bueno, de 61 anos, foi encontrado morto no início da noite do dia 31 de maio de 2010, na casa onde morava, no Bairro Santa Cândida, em Curitiba, estado do Paraná. De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança do Paraná. Autor de romances e contos, Wilson Bueno é reconhecido como um dos mais importantes escritores contemporâneos no País.
A polícia suspeita que ele tenha sido assassinado com um golpe de arma branca no pescoço durante tentativa de assalto, embora não tenha sido encontrado sinais de arrombamento. O escritório dele estava revirado.
O corpo foi encontrado por um amigo do escritor chamado pela diarista, que estranhou ele não aparecer até o fim da tarde. Criador do jornal cultural Nicolau, Bueno é autor de 13 livros. Nasceu em Jaguapitã, no norte do Paraná, mas morava havia muitos anos na capital paranaense.
Apresentado aos leitores brasileiros pelo poeta Paulo Leminski, em 1986, com a reunião dos “contos-blues” de “Bolero’s Bar”, Wilson Bueno aprofundou sua carreira de escritor com a publicação de diversos romances e contos de relevância da literatura contemporânea brasileira. Bueno também criou o suplemento de ideias “Nicolau”, inúmeras vezes premiado, inclusive com o título de “Melhor Jornal Cultural do Brasil”, pela Associação Paulista dos Críticos de Arte, em 1987, do qual foi editor por oito anos. Bueno também foi cronista dominical do jornal “O Estado do Paraná” e colaborador regular de “O Estado de S. Paulo”.
LIVROS PUBLICADOS:
Bolero’s Bar (1986)
Manual de zoofilia (1991)
Ojos de água (1992)
Mar paraguayo (1992)
Cristal (1995)
Pequeno tratado de brinquedos (1996)
Medusario – mostra de poesia latinoamericana (1996)
Jardim zoológico (1999)
Meu Tio Roseno, a cavalo (2000)
Once poetas brasileños (2004)
Amar-te a ti nem sei se com carícias (2004)
Cachorros do céu (2005)
Diário vagau (2007)
Pincel de Kyoto (2007)
Os chuvosos (2007)
Canoa Canoa (2007)
A copista de Kafka (2007)
O gato peludo e o rato de sobretudo (2009)
 

MORRE AOS 87 ANOS O ESCRITOR PORTUGUÊS JOSÉ SARAMAGO
Único escritor de língua portuguesa a ganhar o Nobel de Literatura morreu em casa, nas Ilhas Canárias, na manhã da sexta-feira, dia 18 de junho de 2010.
BIOGRAFIA
Prêmio Nobel de Literatura em 1998, primeiro escritor de língua portuguesa a obter a honraria, Saramago mostrou ao longo de sua vida uma paixão duradoura pela literatura. Seus livros são marcados pelos períodos longos e pela pontuação em muitos momentos quase inexistente. Os artifícios formais são vistos como verdadeira barreira para vários leitores, mas outros se encantam com a fluidez de seus textos, sempre entremeados por reflexões fortemente humanistas. Nascido em 16 de novembro de 1922, em aldeia do Ribatejo chamada Azinhaga, de família humilde, Saramago só veio a produzir sua primeira obra de sua fase mais madura em 1980, "Levantado do Chão". dois anos depois, "Memorial do Convento" o colocou como um dos maiores autores de Portugal, posição confirmada com o lançamento do inventivo "O ano da morte de Ricardo Reis", em que narra os dias finais do heterônimo de um dos pilares da literatura de seu país: Fernando Pessoa, em uma criativa mescla de fatos reais e imaginados. Saramago era um autor prolífico. Além de romances, publicou diários, contos, peças, crônicas e poemas. Ainda em 2009, lançou mais um livro, "Caim". Esta obra retoma um personagem bíblico, subvertendo a versão oficial da Igreja Católica. Em 1991, seu "Evangelho segundo Jesus Cristo" dispôs de artifício semelhante. A "reescrita" do ateu convicto de esquerda não agradou aos religiosos, provocando grande polêmica em uma nação fortemente católica. No ano seguinte, o livro foi indicado a um prêmio, mas o governo português vetou a candidatura. Insatisfeito, Saramago partiu para um "exílio voluntário" na espanhola Lanzarote, nas Ilhas Canárias, onde vivia desde 1993. Outro de seus romances, "Ensaio sobre a Cegueira", narra uma epidemia em que os personagens perdem a visão, enquanto uma mulher a mantém. A obra, uma das mais conhecidas do português, foi adaptada para o cinema pelas mãos do diretor brasileiro Fernando Meirelles. O filme foi exibido no Festival de Cannes.
LIVROS PUBLICADOS
Terra do Pecado, 1947
Manual de Pintura e Caligrafia, 1977
Levantado do Chão, 1980
Memorial do Convento, 1982
O Ano da Morte de Ricardo Reis, 1984
A Jangada de Pedra, 1986
História do Cerco de Lisboa, 1989
O Evangelho Segundo Jesus Cristo, 1991 
Ensaio Sobre a Cegueira, 1995
Todos os Nomes, 1997
A Caverna, 2000
O Homem Duplicado, 2002
Ensaio Sobre a Lucidez, 2004
As Intermitências da Morte, 2005
A Viagem do Elefante, 2008
Caim, 2009

 


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