Elas tiveram suas casas invadidas pela água e agora estão desabrigadas após perderem o lugar que tinham para viver com os filhos
O Dia das Mães é comemorado neste domingo (8). Mas para algumas mulheres que têm filhos esse dia não será de festas ou presentes. Elas foram atingidas pelas cheias e tiveram as casas onde viviam destruídas pelas chuvas.A dor da destruição e da desolação envolve todos os atingidos, mas quem é mãe é sofre duas vezes, pois vive a própria desolação e sente o peso da dor dos filhos. A desabrigada Célia da Silva sofre porque os cinco filhos não têm para onde ir. Eles estão numa igreja em Jaboatão dos Guararapes. “Meu barraco, eu perdi tudo. Desabou, caiu, estou na rua mesmo. Não tenho para onde ir com os meus meninos, que são pequenos”, diz.
Ana Paula dos Santos é outra desabrigada por causa das chuvas. Em meio ao desespero quando a água invadiu o barraco onde morava, ela salvou o que tinha de mais valioso. Abandonou o local levando apenas o filho Anderson, de um ano e meio, nos braços. “Suspendi meu filho e o meu marido veio atrás. Agradeço a Deus [por ele estar salvo]”, diz.
Muitas mães vítimas das enchentes nem se lembravam que têm um dia para festejar. A rotina de limpar, lavar, amamentar e cuidar dos filhos, ocupa todo o tempo. Este domingo deve ser mais um dia difícil para todas as mães que têm que encontrar forças para recomeçar.
“Vai ser um dia triste. Nunca pensei que iria passar o Dia das Mães dormindo em um canto assim”, diz Luciana da Silva, que está desempregada, tem três filhos e também está desabrigada.
Algumas mães dizem não conseguem suportar o sofrimento de não ter onde morar. “A pessoa não tem nada e perder assim de repente. O consolo é ficar com meus filhos e ter saúde”, afirma a também desabrigada Ivânia Maria da Silva.
Da Redação do pe360graus.com
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