quinta-feira, 19 de março de 2009

24 DE MARÇO - DIA MUNDIAL DE COMBATE À TUBERCULOSE

SPPT e a importância de conscientizar a população sobre os riscos da doença



A Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT) investe continuamente no apoio aos pacientes com tuberculose, doença que faz cerca de 90 mil vítimas todos os anos no Brasil. Medidas preventivas e tratamento adequado são fundamentais para evitar que a doença se alastre, pois cada portador pode contaminar até dez pessoas ao ano.



Com alta incidência no Brasil e no mundo, a tuberculose ocupa o quarto lugar entre as mortes por doenças infecciosas e é uma das dez causas mais freqüente de internação no país. Tem como principais sintomas a tosse persistente por mais de três semanas, febre geralmente baixa no final da tarde, sudorese intensa principalmente à noite e perda de peso. Apesar dos números expressivos no país, o diagnóstico é feito pelo exame de escarro, um método simples, barato e disponível em território nacional. Além disso, a radiografia de tórax pode sugerir e indicar a necessidade de coleta do exame de escarro.



"Na maioria das situações, fatores como a falta de acesso à informação bem como situações de pobreza são os responsáveis pelo grande número de tuberculose. O Estado de São Paulo, por exemplo, o mais populoso da federação, registra cerca de 18.000 casos todos os anos", alerta o dr. Sidney Bombarda, diretor da SPPT.



O Sistema Único de Saúde dispõe de recursos e tratamentos em todas as suas unidades básicas sem nenhum custo, informação que ainda é pouco disseminada à população. A falta de informação, aliás, é uma das principais preocupações da SPPT. É fundamental investir na prevenção e terapêuticas precoces, principalmente entre os grupos mais carentes, os mais suscetíveis à infecção.



"Vale ressaltar que o período mínimo para o tratamento é de seis meses. Boa parte dos pacientes apresenta melhora significativa nos três primeiros meses e acha que dá para interromper a medicação, o que pode resultar em recaída e internação", pondera o dr. José Eduardo Delfini Cançado, presidente da SPPT.



Dr. Cançado lembra que ações governamentais, como o Tratamento Supervisionado, que integra as estratégias mundiais e já faz parte das práticas médicas em São Paulo, confere maior eficácia à terapêutica. Com a obrigatoriedade de o paciente ir diariamente à unidade de saúde para tomar os medicamentos, além de incentivos como vale-transporte, cesta básica e lanche, o índice de abandono diminui drasticamente.

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