A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e o Ministério de Minas e Energia apresentaram, durante audiência pública, perspectiva de investimentos de R$ 767 bilhões na expansão da oferta de energia no País. Tal aporte de recursos é imprescindível para acompanhar o crescente aumento da demanda energética, em torno de 5% ao ano.
Para os próximos dez anos, R$ 767 bilhões devem ser aplicados em expansão da infraestrutura e atendimento ao crescimento do consumo energético nacional. Investimento importante diante dos dados apresentados pela Secretaria de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo. Somente o Estado, produziu mais 2,9% de energia em 2008 nas usinas paulistas, em relação ao ano anterior, atingindo o total de 69.172 GWh. Porém, não foi só a produção que cresceu. Em paralelo o consumo de energia residencial apresentou elevação de 6,6%, totalizando 13,4 milhões de usuários, bem como o industrial que aumentou 1,8% e o comercial 4,1%.
Segundo o presidente do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo, Carlos Reis, apesar de a crise financeira mundial ter afetado o consumo de energia nesses últimos meses, é necessário ficar atento ao futuro. “Esse plano é muito importante para evitar a saturação de energia no País, pois prevê investimentos ao longo dos anos. Não sabemos quando a crise terminará, mas sabemos que ela não será eterna e assim estaremos prevenidos para o retorno do crescimento econômico, o que demanda mais consumo de energia”.
A área de geração e transmissão de energia elétrica deverá ficar com R$ 181 bilhões do orçamento; o aumento da oferta de biocombustíveis líquidos com R$ 50 bilhões e o setor de petróleo e gás terá a maior parte de recursos com R$ 536 bilhões para exploração, produção e oferta de derivados. Assim a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) prevê um crescimento de 5,4% ao ano, e até 2017 a estimativa é de 155 mil MW de potência instalada, sendo 80% totalmente de origem renovável.
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