quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Dez estados brasileiros correm risco de enfrentar epidemia de dengue

Os biólogos explicam que o Aedes aegipty pode botar seus ovos em vários tipos diferentes de criadouros. Fique de olho.
No verão que vem aí, dez estados brasileiros correm risco de enfrentar uma epidemia de dengue. E, a essa altura dos acontecimentos, só a ação dos próprios moradores pode evitar que isso aconteça.
O perigo está bem ao lado de casa: um imóvel abandonado há dois anos. “A partir de 17h, a gente tem que estar fechado, pode estar o calor que for, tem que estar com tudo fechado. É muito mosquito”, conta a dona de casa Márcia Mendonça.
Márcia mantém tudo bem limpo: terraço sem plantas, churrasqueira coberta, mas sobram exemplos de falta de cuidado. Num sobrevoo pelo Rio de Janeiro, flagramos várias caixas d’água sem proteção.
Os biólogos explicam que o Aedes aegipty é um mosquito de hábitos oportunistas. Isso quer dizer que ele pode botar seus ovos em vários tipos diferentes de criadouros.
Por isso, quando se eliminam focos convencionais como caixas d’água, pratinhos de plantas e pneus, é bom se preocupar com depósitos de água parada menos óbvios.
“Como, por exemplo, uma casca de ovo. Ao chover e acumular água, pode por ventura vir a ter ovos do mosquito. Ou aqueles cacos de vidro que o pessoal coloca em cima do muro pra evitar que pule o muro ou até uma calha como a gente pode observar ali”, orienta Rafael de Freitas, biólogo da Fundação Oswaldo Cruz.
Até outubro deste ano, 592 pessoas morreram com suspeita de dengue no Brasil. E foram registrados 936 mil casos da doença, muito mais do que no ano passado. E mais até do que o registrado nas epidemias de 2002 e 2008.
O perigo agora é a volta do vírus tipo 1, que circulou na década de 90 no país e que pode causar uma nova epidemia no verão, já que parte da população ainda não esteve exposta a ele e não tem anticorpos.
O risco de epidemia é alto em dez estados. Dois do Norte, sete no Nordeste e o Rio de Janeiro. Mas dá pra evitar. O aposentado José Lopes de Souza, pai da Márcia, não quer saber desse mosquito, não. Já pegou dengue duas vezes.
“Foi horrível, porque tive muitas dores no corpo, dor de cabeça e não aceitava a alimentação. Terceira vez jamais. Deus me livre”.
Fonte: g1.globo.com

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