A presidente eleita Dilma Rousseff (PT) se reuniu na tarde desta quinta-feira (18) com sua equipe de transição, representantes do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), da FGV (Fundação Getúlio Vargas) e com a ministra do Desenvovimento Social e Combate à Fome, Márcia Lopes, para discutir propostas de erradicação da pobreza no país para os próximos quatro anos.
Entre as principais discussões do encontro, realizado no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, estão o aumento e o reajuste do principal programa social - e de transferência de renda - do governo Lula, o Bolsa Família. No entanto, nem datas ou valores foram debatidos nesta primeira reunião temática.
Segundo a ministra, cerca de 750 mil famílias sem filhos, que possuem renda mensal per capita entre R$ 70 e R$ 140, também poderiam ser beneficiadas pelo programa no futuro por estarem “na linha da pobreza definida pelo Bolsa Família”.
“Nos temos alguns cenários do ponto de vista do reajuste do beneficio. Isso acontecerá”, afirmou. “Seguir reajustando o Bolsa Família faz parte da própria lei que criou o beneficio e é uma questão de coerência”, completou a ministra.
Ainda de acordo com Márcia, em dezembro, o governo federal deve lançar a versão 7.0 do cadastro único de famílias pobres do Brasil, que deverá incluir comunidades indígenas, quilombolas e população em situação de rua.
O presidente do Ipea, Marcio Pochmann, disse que o encontro serviu para discutir formas de “sofisticar” as políticas de combate à pobreza, pois o perfil da população de baixa renda é diverso.
A presidente eleita não conversou com os jornalistas.
Camila Campanerut
Do UOL Notícias
Em Brasília
Do UOL Notícias
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