sexta-feira, 25 de junho de 2010

Secretário defende política nacional de inclusão produtiva

“Fazer mais e primeiro para quem tem menos.” Essa seria a essência de uma política de inclusão produtiva, na opinião do secretário de Articulação para Inclusão Produtiva do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Ronaldo Garcia. Ele participou nesta quinta-feira (24) de mesa-redonda sobre oportunidades para inclusão e promoção social de famílias do Bolsa Família, em Belo Horizonte, promovido pelo Fórum Metropolitano do Programa.
O secretário chamou atenção para a importância de elaborar uma política nacional de inclusão produtiva, uma das prioridades dentro do MDS. Na sua opinião, essa política tem que assegurar o direito ao trabalho, como previsto na Constituição Federal. Ele observou que, para universalizar esse direito, uma política de inclusão deve contemplar não exclusivamente o trabalho assalariado. “Outras formas de trabalho precisam de amparo do Estado”, completou Ronaldo Garcia.
Sobre alternativas para além do trabalho assalariado, o secretário refere-se, por exemplo, às políticas de incentivo ao cooperativismo e projetos de economia solidária, entre outros.
O secretário Ronaldo Garcia também falou sobre os desafios do Programa Próximo Passo, destinado a capacitar beneficiários do Bolsa Família para as áreas de turismo e construção civil. A iniciativa do MDS, em parceira com os ministérios do Trabalho e Emprego e do Turismo, tem coordenação da Casa Civil da Presidência da República. Ele destacou os benefícios da qualificação dos beneficiários do programa ao ampliar possibilidades de emprego. Ao mesmo tempo, ressaltou a necessidade de criar estratégias para ocupação total das vagas oferecidas. Para isso, é necessário pensar nas especificidades do público do programa e em instrumentos apropriados para atingir essas pessoas.
Próximo Passo Podem participar dos cursos – nas áreas da construção civil e do turismo – pessoas de 18 anos ou mais pertencentes a famílias beneficiárias do programa de transferência de renda e que tenham concluído, pelo menos, a quarta série do ensino fundamental.
Na área do turismo, os cursos oferecidos, de garçom, cozinheiro, padeiro, barman, mensageiro, camareiro, atendente de agência de viagem e auxiliar de eventos, duram em média 200 horas, entre teoria e prática. Já para a construção civil, as aulas são de atividades de mestre de obras, pedreiro, azulejista e eletricista, entre outras. Os cursos são gratuitos e os participantes recebem transporte e lanche. As inscrições podem ser feitas nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras). É importante ressaltar: o beneficiário inscrito no curso de capacitação não perde o benefício do Bolsa Família.

Ana Paola Amorim
Ascom MDS

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