segunda-feira, 16 de novembro de 2009

COMUNIDADES RURAIS DO PAJEÚ COMEMORAM PRODUÇÃO DE BIOGÁS


As experiências de convivência com o Semi-árido são cada vez mais disseminadas nas comunidades rurais e assentamentos de reforma agrária do Sertão do Pajeú e uma das prioridades do Projeto Dom Helder Camara em 2009 na região e nos demais territórios onde atua tem sido o incentivo ao uso de energias renováveis para as famílias agricultoras. “A implantação de duas unidades demonstrativas de biodigestores para a produção do biogás na comunidade de Santo Antonio II e uma em Monte Alegre na Unidade de Beneficiamento de Frutas em processo de implantação, com a assessoria técnica das organizações parceiras Diaconia e Casa da Mulher do Nordeste, é o primeiro passo para um processo de replicação dessa tecnologia em outras comunidades e assentamentos dos territórios de atuação do Projeto Dom Helder, especialmente através do Fundo de Incentivo Ambiental – FIA” explica Felipe Jalfim, coordenador de Produção e Comercialização do PDHC.
Ainda segundo o coordenador o Brasil, especialmente a região Semi-árida, possui clima e matéria-prima bastante favoráveis para desenvolver princípios da biodigestão anaeróbica, para a produção do biogás e biofertilizante.
 Baseado em Vitor Hugo Teixeira, o biodigestor consiste em uma câmara de fermentação, onde a biomassa (dejetos animais) sofre a digestão anaeróbica pelas bactérias, resultando na produção do biogás (basicamente metano – CH4) e o biofertilizante, um adubo orgânico rico em nutrientes, resultado final da fermentação da matéria orgânica.
 Por se tratar de uma tecnologia simples de fácil assimilação pelos agricultores e agricultoras familiares, o biodigestor ocupa pouca mão-de-obra e matéria-prima (o esterco animal). Este último, as famílias possuem com abundância. O conhecimento para a implantação e o manejo adequado do biodigestor precisa de um simples processo de capacitação e assessoria técnica. “Em Santo Antonio II, Afogados da Ingazeira, os agricultores/as beneficiários/as do biodigestor que participaram de intercâmbio e do processo de implantação das unidades se consideram capazes de contribuir na replicação da experiência em outras comunidades e ainda comemoram a conquista de ter o gás para cozinhar produzido na propriedade, propiciando economia na renda familiar”, comenta Adelmo Santos, supervisor da Unidade Local do Projeto Dom Helder Camara, esclarecendo que o processo também contribui para a minimização do aquecimento global e ressaltando que outra grande vantagem é a produção do biofertilizante no cultivo de hortas.

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