Inviabilizados pela política de cortes no FPM adotada implacavelmente pelo Governo Lula, os prefeitos nordestinos aguardam, ansiosamente, o fim das eleições para promoverem a maior vassourada de pessoal que se tem notícia na história do País. Os mais angustiados, aliás, não conseguiram cumprir sequer o calendário da espera, noticia a Coluna Folha Política (Magno Martins) de hoje.
Em Tracunhaém, a prefeita Graça Lapa (PSB) deu início ao bota-fora dispensando 184 servidores concursados. Em Belo Jardim, o prefeito Marco Cola-Cola (DEM) foi mais radical: colocou na rua da amargura 1,3 mil servidores contratados.
Não ocorreram mais demissões em outros municípios porque a maioria esmagadora dos prefeitos está apoiando a eleição de Dilma (PT) e fariam um gol contra se antecipassem os cortes. Prefeito de Afogados da Ingazeira, o socialista Totonho Valadares confessou, ontem, que aguarda apenas o resultado das urnas para demitir entre 60 a 80 servidores.
Pode parecer pouco, mas para uma folha de mil servidores isso representa quase 10%. Casos semelhantes irão se repetir nos grotões nordestinos, como em Serra Talhada, onde o prefeito Carlos Evandro (PR) diz que administra um orçamento 70% menor graças aos cortes no Fundo de Participação.
A grita é geral e chegou aos ouvidos do presidente da Amupe, João Dourado, prefeito de Lajedo, que também terá que fazer ajuste na sua folha,como todos os seus colegas.
Por Nill Júnior
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