sábado, 30 de outubro de 2010

Pesquisas finais indicam vitória de Dilma no domingo

As últimas pesquisas antes da eleição no domingo sinalizam vitória de Dilma Rousseff (PT), candidata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A menor vantagem da petista sobre José Serra (PSDB), considerando-se os votos totais, é de 10 pontos percentuais.
O Datafolha mostra 51 a 41 por cento. Os outros três levantamentos ampliam a diferença. Segundo o Ibope, o placar é de 52 a 40 por cento. Vox Populi traz 51 a 39 por cento e Sensus aponta 50,3 a 37,6 por cento. As margens de erro vão de 1,8 a 2,2 pontos percentuais.
A situação se mantém basicamente a mesma quando se leva em conta apenas os votos válidos, que excluem brancos, nulos e indecisos. Datafolha indica 55 a 45 por cento, Ibope mostra 56 a 44 por cento, Vox Populi aponta 57 a 43 por cento e Sensus 57,2 a 42,8 por cento.
Na véspera do primeiro turno, as pesquisas não eram conclusivas sobre a definição da eleição no primeiro domingo de outubro. Agora, com apenas dois candidatos na disputa, parece difícil, pelos números divulgados neste sábado, que Dilma não vença.
Mas logo nos primeiros dias da campanha do segundo turno, o quadro apontava para uma chegada muito mais acirrada do que parece que vai ocorrer.
Embalado pela ida ao segundo turno —ainda que tenha conseguido isso devido ao crescimento de Marina Silva (PV)—, Serra ganhou ímpeto. Dilma, abalada pelo baque de não ter sido eleita já na rodada inicial depois de liderar as pesquisas com margem suficiente para isso durante várias semanas, patinava.
Passado o impacto inicial, que desanimou não apenas a candidata mas militantes e aliados, houve um esforço de arrumação. A campanha petista reagiu aos emails e boatos na Internet e aos ataques de líderes religiosos devido a declarações anteriores dela favoráveis à descriminalização do aborto.
O fato de Marina e o PV terem declarado neutralidade na etapa final também foi positivo para Dilma, uma vez que quem corria atrás do prejuízo era Serra. A petista havia conseguido 46,9 por cento dos votos válidos no primeirto turno, contra apenas 32,6 por cento do tucano.
Nem mesmo os debates —que deveriam trazer ganhos a Serra devido a sua ampla experiência em disputas eleitorais, comparado a uma estreante em eleições— ajudaram. Com regras muito engessadas e horários tardios, foram vistos por poucos e não levaram a nenhum grande tropeço pela petista.
Neste sábado, Dilma fez questão de deixar claro a dívida de gratidão ao grande responsável por sua eleição. "Não há ninguém neste país que vai me separar do presidente Lula", disse em Belo Horizonte, para completar: "Lula estará sempre presente no meu governo".
As declarações levaram Serra a repetir mantra que usou na fase inicial da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV: "ninguém governa no lugar de ninguém. Não existe governo terceirizado".
E aproveitou para defender que a "beleza da democracia" está na "alternância de poder".
No domingo, os eleitores dirão se a democracia brasileira vai escolher mudança ou, como indicam as pesquisas, continuidade.
(Reportagem adicional de Aline de Almeida, em Belo Horizonte, e Fernando Cassaro, em Suzano)

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